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Mas será que é isso mesmo?
Basta tão somente comprarmos um potinho de ração de uma marca qualquer que nossos peixinhos estarão bem alimentados? Vale lembrar que quando nos referimos a peixes de aquário, estamos fazendo alusão a uma categoria artificial, visto que esses animais se desenvolveram em ambientes naturais com características exclusivas, que são muito difíceis ou mesmo impossíveis de ser reproduzidas num recipiente de dimensões restritas como um aquário. De uma maneira geral, nestas condições, estes organismos dispõem apenas de rações industrializadas como única fonte de nutrição. E é exatamente esse fato que constitui nosso grande problema, ou seja, como suprir, de maneira completa, todos os requisitos nutricionais de seres tão diversificados em suas necessidades básicas de alimentação?
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Antes de mais nada devemos atentar à qualidade da ração. Boa parcela das rações para peixes de aquário existentes no mercado são produzidas com restos das indústrias alimentícias. Ou seja, a matéria prima empregada no fabrico da ração é constituída de subprodutos e sobras de produção ou beneficiamento de produtos mais nobres destinados à alimentação humana ou de animais considerados como detentores de um maior valor agregado. Estas rações são compostas de uma parte de nutrientes assimiláveis e uma parte estrutural (com pouco ou nenhum valor alimentício para os peixes) destinada a facilitar o processo de fabricação como, por exemplo, amido e alguns polímeros sintéticos.
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São muito utilizadas as sobras de produção de rações para frangos, porcos e outros animais domésticos, e farinhas de carne ou de peixe, obtidas com o processamento de restos de matadouros, frigoríficos e usinas de beneficiamento de pescados, assim como uma ampla série de aditivos, conservantes e estabilizantes. Utilizam-se também diversos corantes, muitos deles artificiais, com a função específica de tornar a apresentação da ração mais atraente para o público consumidor, visto que um peixe de aquário não escolhe seu alimento motivado por sua cor e sim pelo seu cheiro.
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Dos ingredientes assimiláveis empregados, a maior parte não tem nenhuma relação com a dieta natural dos peixes e muito menos condições de suprir as necessidades nutricionais de peixes provenientes de biótopos e com hábitos alimentares tão díspares, como kínguios (Carassius auratus), aruanãs (Osteoglossum spp.), pirararas (Phractocephalus hemiliopterus) e bodós seda (Ancistrus hoplogenys).
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Para ser de real utilidade, uma ração industrializada deve ser completa e bem balanceada contendo todos os ingredientes necessários para otimizar o crescimento e ajudar a manter um bom estado de saúde, independentemente da espécie de peixe a ser nutrida. Uma formulação de qualidade deve conter entre um mínimo absoluto de 18% até um máximo de 50% de proteínas, entre 10 e 25% de gorduras, de 15 a 20% de carboidratos e menos de 8,5% de cinzas ou fibras visto que esses últimos (sendo componentes estruturais da ração) não são assimilados e fazem parte do bolo fecal a ser excretado. Deve conter quantidade de fósforo sempre inferior a 1,5% do peso total e quantidades rigorosamente dosadas de vitaminas e minerais. Deve conter ainda, menos de 10 % de umidade visto que esta, não tem nenhum valor nutricional, sendo resultado do processo de industrialização.